sábado, 23 de novembro de 2013

PROCURE REFLETIR

Se a satisfação
Vem de sua arte,
O sustento vem do povo...
Se não esconde
O que cria e re-produz,
Se mostra o que o divulga,
Em posturas éticas ou não
Vistas pelos "críticos-pavão",
No querer de artista,
Político ou cientista,
Aparecer na tevê...
Porque não posso escrever
Sobre tal fulano que precisa
Do povo... que todos veem?
Não faço nada senão
Contar a história de um homem
De nosso adorado povo.

(Leandro Monteiro)

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

A PRIMAVERA



O sol se abre, enfim, no horizonte...
Sua luz brilha além dos montes
Onde o frio é muito constante,
E as vidas são quase errantes.

Ouvir os  pássaros cantarem,
Sentir os cheiros das bromélias,
Das margaridas, azaleias;
Que são aromas pra se fragrarem.

Ah! Que luz suave, que encanto,
Que dissipa ao fim meus prantos;
Que friezas abrigavam,
Pois, a minha lúgubre vida...

Fria que, agora, se derrete
Ao sentir a luz em meu rosto
Que de triste torna-se alegre;
E pede ao pôr do sol: - De novo!

Ver o sol se abrir no horizonte;
A luz brilhar além dos montes,
Ouvindo os pássaros cantarem
E todas as flores suspirarem...

Tudo isso que é um grande encanto
Que dissipam os meus prantos
Ao senti-la quente em meu rosto
Pedindo pra havê-la de novo!        

(Leandro Monteiro Oliveira)

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

O ARTISTA-HOMEM PÓS-MODERNO (?)

Faz quanto tempo
Procurei ser impessoal
Ver as coisas por si mesmas,
Sem um pingo de narcisismo...

Faz muito tempo,
Venho me dividindo,
Fracionando minha biografia,
Transformando-a em imperfis
Que vivem uma vida em duas.

Como isso tem me deixado infeliz!

Se fosse apenas aptidão
Condizente do ramo a fim!
Mas não é assim, não!
Cientista, de afeto, falta-o razão;
O artista, metódico, sem coração...

Sou ser humano especializado,
Em versos decadentes;
De pensamentos inconsequentes
Para quem se julga ser ajuizado.

Sou o poeta pós-poesia,
Incerto de ser si mesmo.

(Leandro Monteiro)

sábado, 2 de novembro de 2013

P. e F.


Rogério, não é maleável
Como as águas do rio,
Correndo pelo tempo...
Para meu desagrado,
As canções que tanto
Retumbavam nas ondas
Da mais pura liberdade
Cibernética, estão ilhadas...

Um muro surgiu
Diante demais faces;
A música, solapada
No direito do criador
Que, outrora Pink,
Cantou para o mundo
Suas dores e injustiças...

Agora, o criador
Revelou-se Floyd,
Ser autoritário
De um amanhã,
Cujos sons e céu azul
São só democracia
Se há dinheiro à vista.
(Leandro Monteiro)