Na escuridão das horas,
Preciso abrir os olhos...
Sei que as coisas vão mudar
E não posso ficar pra trás.
Não consigo enxergar...
Nenhuma brecha há...
Preciso achar uma coruja;
Ser suas pupilas noturnas.
Não vejo a alvorada...
Mas sei que se mostrará
A luz desse horizonte dormente
Sob abrigo incandescente...
Com lágrimas terei
Os frutos que se nutrirão
Das chuvas e do calor
Dos furacões à minha frente...
Que impelem alterações
À minha vida desarrumada;
A pôr ordem em minha casa,
Onde viverei transformações...
Pelas minhas pupilas,
Pelas minhas falanges,
Meus lobos faiscantes;
E pelas minhas línguas...
A existir no mundo
Mais luminoso pra mim,
Embora haja no fundo
A escuridão a me seguir.
(Leandro Monteiro)
:o)
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