quarta-feira, 5 de agosto de 2015

À LONGA DISTÂNCIA


O carinho
De tão longe
Sinto e dou
Em palavras
Que são mãos
Invisíveis:

Ao te tocar
Sem te apalpar
O teu coração

Ao me tocares
Sem me alpapares
O meu coração

Arrepiando
Nosso coração,
Acelerando
Batidas, calores
Dentro de nós...

Que acreditamos
A partir de
Nossos olhares
A se encontrarem
Fitos e fixos...

A nós percebemos
A sinceridade
E o que há de sagrado
Em nós, ao dizermos:

“Eu te amo”

(“Somos espelho
Além da tela?)


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