segunda-feira, 6 de maio de 2019

PÊNDULOS DE FOUCAULT


Tic, tac, tic, (direita)
Tac, tic, tac, (direita)
Tic, tac, tic… (direita)

E o relógio se move
Na velocidade
De um automóvel!

10, 20, 30 km/h…
50, 70, 90 km/h…
100, 200, 300 km/h…
Não se pode piscar!
Quando será o pit-stop?

Tac, tic, tac, (direita)
Tic, tac, tic, (direita)
Tac, tic, tac… (direita)

E os ponteiros apontam
Como uma bússola,
Fortemente, para o norte…

Os prótons, os elétrons,
A prata, o zinco, o ouro
Sob o solo nacional!
Fiquem tranquilos, meus irmãos,
Não haverá óleos
Para se escorregar no chão!

Tic, tac, tic, (direita)
Tac, tic, tac, (direita)
Tic, tac, tic… (direita)

E os pêndulos balançam
Aos olhos dos estudantes,
E dos trabalhadores…

“Tuas mãos sempre são
As tuas promoções..
Não as dos patrões!”
E cantam esse mantra,
Os artistas da televisão,
Divertindo-os (na tela plana)
Após a longa e insana labuta…

Tac, tic, tac,
Tic, tac, tic,
Tac, tic, tac...

A brecha à sinistra
Está engessada…
A corrente só se desloca
Numa via....

Ademais, até quando
Esse som perdurará?
Alguém tem uma ideia?

Tic, tac, tic, (direita)
Tac, tic, tac, (direita)
Tic, tac, tic… (direita)

(Leandro Monteiro)

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