quinta-feira, 30 de setembro de 2021

DESTERRO DE VIDRO


Essas palavras,
Então, eu as li
Então, as ouvi
Mas não o vi...
Está escuro
Seu hábitat...

Não entendi...
O que será
O que seria...
O olvido amigo,
Sócio ao tácito,
Vindos a mim,
Dizem-me:

“Esses versos
Dessa pessoa...
Deixa-os pra lá,
Ninguém os fala...”

“São reles
À quem adora
Um poeta
De verdade!”

(E as palavras navegam
Na memória
Como as garrafas correm
Para o mar aberto)

(Leandro Monteiro)

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