I
Paris, Chicago, São Paulo, Rio de
Janeiro,
A despeito das cores,
As mãos que constroem o mundo são as
mesmas,
As vossas, Trabalhadores!
Os vossos corpos que levantais à
madrugada,
Os vossos corpos que labutais,
diuturnamente,
Para criareis vossas famílias, vossos
filhos;
Para criareis e realizareis ambientes
de paz
E aproveitareis vossos escassos
intervalos de lazer!
Vós, trabalhadores, sois heróis;
Mas, a maioria de vós (não) pareceis
saber.
Se sabeis, eu vos digo para
acreditareis
Que tudo pode melhorar!
Não deixais vossos chacais vos
subornar,
Vos difamar, vos subordinar!
Vais a luta!
Vais a luta!
Pois tenho certeza de quem tem um
coração justo,
Quem tem honra, não vai vos deixar na
mão!
Não vai vos esquecer!
Vais lembrar para outros (que virão),
com vós (ou não),
Que luta tem que continuar!
II
Meus heróis não estão nos livros,
Meus heróis não querem ser deuses,
Não querem ser reis
Não querem ter poderes (tiranos)
Meus heróis só querem viver bem,
Passear com os filhos,
Conversar com os amigos,
Viajar ao redor do mundo!
Meus heróis não são perfeitos,
Nem quero que eles os sejam!
(Para permitir-me ser humano,
A falhar para me reinventar, existir)
Meus heróis, sois vós trabalhadores!
Trabalhadores, cidadãos comuns!
Quero e procuro manter meus olhos,
Diante esse cotidiano,
Tão críveis como as águas do mar
Ou das cachoeiras que nos banham…
Infelizmente, percebo que nem sempre,
Quase sempre a normalidade é
sequestrada
Pelas lentes grandes da imprensa…
Grandes lentes escondidas e infiltradas
Sobre nossas, vossas terras…
Lentes que aumentam o foco para a
deterioração das matérias,
Mas diminuem para a nutrição e
renovação das terras,
Da organização deste mundo.
III
O Palco não pode ser mais um teatro,
Onde vós sois só espetadores!
O Palco tem que ser vossa vida,
Protagonistas os quais a luzes recaem
A História que é sempre encenada e
vivida!
Não vos iludais com o que é escrito,
Sobre os feitos de guerra, da ciência
ou artísticos!
Não vos iludais com a fama e
celebridade
Que veis de jornalistas, apresentadores
de TV, jogadores de futebol,
De políticos, de cantores, de
escritores, de empresários e de gênios (raros)!
Eles só são o que são, ídolos
(muitos) de barro,
Porque vossas mãos e olhos, pelo vil
metal, modelais suas santificações!
Não vos iludais com tudo o que dizem,
E sabeis que a verdade que enunciam
È uma parte do bolo, mentira, que vos
darão (com veneno?)
Enquanto a outra, o fato (de fato), só
eles saborearão!
Saibais que conhecimento é poder!
E poder é liberdade
Que se, vos ignorais, será prisão!
Contra essa prisão (difamação), à
favor da justiça,
Não retrocedais à escravidão!
Não temais as retaliações!
Vais a luta!
(E se me permitireis a vossa companhia)
Vamos a luta!
Por uma mais um 1º de Maio digno!
(Leandro Monteiro)
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