Poemas que variam entre o simbólico e o surreal. Alguns dependem da interpretação do leitor para ter sentido e (ou) significado.
Leandro Monteiro
Leandro Monteiro
XIX
Flecha no ar
Pedra a pular
O Instante é o eterno vilão
De toda existência
Mesmo assim
Só desse modo
Pode-se sentir sem sentir
Toda a oca eternidade
Leandro Monteiro
XXXII
Meu abraço é violeta
Com a mão carinhosa profundamente a tocar
A tua pele sedosa
E as minhas unhas a cheirarem teu sangue escarlate com rosa
Preparo enfim para demonstrar o meu amor
Minha última misericórdia
A te selar em tom rosicler com a boca desvairada
Apunhalando-te pelas costas
Com minha traição
Leandro Monteiro
XXXVII
Não aguento mais
Acho que a
A
De quem é aquela
Cabeça que saiu do corpo
Parecia fazer abalar
Por precaução separara do corpo
Agora seus membros mais jovens estão tranqüilos
Descansado dos apocalipses dos pensamentos
Que fazem os dedos tremerem
E os estômagos arderem
Ah como foi bom
Curtir as férias de 3 três dias
Com preocupação com a cabeça fora para administrar
Mas é hora de chamá-la
Ali ela está
Venha cá Estou à beça de precisar-te
Cabeça
Venha cá
Finalmente tu chegaste
Não aguento mais
Acho que minha cabeça vai explodir
De novo não
Leandro Monteiro
XLII
Branco é tranqüilidade
Mas atormenta
Branco é paz
Mas angustia
Sou ele ela ou eles
Sou quem
Sou o que
Sou o qual
Branco é cor da ausência
Ausência do nada
Antes fosse preto
Ausência do tudo
Antes fosse também
Ser nada diante de tudo
Que tudo diante de nada
Branco sou
Não Branco estou
Falta achar na mente
A cor que eu lembrava
Leandro Monteiro
XLVI
Sai
Da corda o tigre
Do muro o coelho
Do espinho o pombo
Do desfiladeiro o peixe
E eu
De onde sou
Do mar morto
Leandro Monteiro
LI
A vida é fantasma
Para quem sempre a parece
Na sombra do olhar
Leandro Monteiro
LXXIV
O ovo é céu concreto
Ele de fora neve
Eu de dentro que estou
Mas não enxergo
Os olhos detrás do ovo
Ele não existe
Só o ovo tem vida
Depois de dias
O ovo morreu
E ele meu deus
É apenas um homem comum
E eu o enxergo
A luz do sol
Que ilumina minha vida
De ovo quebrado
Leandro Monteiro
II
Face vermelha estava amarela
Até que um palhaço brincou com ela
Face vermelha tornou-se escarlate
E socou o palhaço peralta
O clima ficou roxo
Mas foi só saber que Face lhe adora
Que o palhaço vestiu-se de anjo
Vendo-o face vermelha se tornou rosa
E o anjo outrora palhaço ouro
E o resto do dia foi branco
Face vermelha estava amarela
Até que um palhaço brincou com ela
Face vermelha tornou-se escarlate
E socou o palhaço peralta
O clima ficou roxo
Mas foi só saber que Face lhe adora
Que o palhaço vestiu-se de anjo
Vendo-o face vermelha se tornou rosa
E o anjo outrora palhaço ouro
E o resto do dia foi branco
Leandro Monteiro
III
A corda se rompeu
Não tinha mais asas
Ao cair do chão
Minhas patas tornaram-se pernas
Não sabia se podia andar
Mas consegui me erguer
Pensei que outro tombo seria a morte
Estava tão crente disso
Que quando caí
Nada senti
Ao não ser o desconforto do meu corpo
Olhei para cima
Então pude ver o céu
Era a primeira vez que via a abóbada celeste
Desejei ver a aurora
Comecei a imaginar indo para lá
De tanto devanear recuperei minhas asas
Mas antes que eu percebesse
Tinha ruído o solo onde estava
E perdido toda a minha memória.
A corda se rompeu
Não tinha mais asas
Ao cair do chão
Minhas patas tornaram-se pernas
Não sabia se podia andar
Mas consegui me erguer
Pensei que outro tombo seria a morte
Estava tão crente disso
Que quando caí
Nada senti
Ao não ser o desconforto do meu corpo
Olhei para cima
Então pude ver o céu
Era a primeira vez que via a abóbada celeste
Desejei ver a aurora
Comecei a imaginar indo para lá
De tanto devanear recuperei minhas asas
Mas antes que eu percebesse
Tinha ruído o solo onde estava
E perdido toda a minha memória.
Leandro Monteiro
XIX
Flecha no ar
Pedra a pular
O Instante é o eterno vilão
De toda existência
Mesmo assim
Só desse modo
Pode-se sentir sem sentir
Toda a oca eternidade
Leandro Monteiro
XXXII
Meu abraço é violeta
Com a mão carinhosa profundamente a tocar
A tua pele sedosa
E as minhas unhas a cheirarem teu sangue escarlate com rosa
Preparo enfim para demonstrar o meu amor
Minha última misericórdia
A te selar em tom rosicler com a boca desvairada
Apunhalando-te pelas costas
Com minha traição
Leandro Monteiro
XXXVII
Não aguento mais
Acho que a
A
De quem é aquela
Cabeça que saiu do corpo
Parecia fazer abalar
Por precaução separara do corpo
Agora seus membros mais jovens estão tranqüilos
Descansado dos apocalipses dos pensamentos
Que fazem os dedos tremerem
E os estômagos arderem
Ah como foi bom
Curtir as férias de 3 três dias
Com preocupação com a cabeça fora para administrar
Mas é hora de chamá-la
Ali ela está
Venha cá Estou à beça de precisar-te
Cabeça
Venha cá
Finalmente tu chegaste
Não aguento mais
Acho que minha cabeça vai explodir
De novo não
Leandro Monteiro
XLII
Branco é tranqüilidade
Mas atormenta
Branco é paz
Mas angustia
Sou ele ela ou eles
Sou quem
Sou o que
Sou o qual
Branco é cor da ausência
Ausência do nada
Antes fosse preto
Ausência do tudo
Antes fosse também
Ser nada diante de tudo
Que tudo diante de nada
Branco sou
Não Branco estou
Falta achar na mente
A cor que eu lembrava
Leandro Monteiro
XLVI
Sai
Da corda o tigre
Do muro o coelho
Do espinho o pombo
Do desfiladeiro o peixe
E eu
De onde sou
Do mar morto
Leandro Monteiro
LI
A vida é fantasma
Para quem sempre a parece
Na sombra do olhar
Leandro Monteiro
LXXIV
O ovo é céu concreto
Ele de fora neve
Eu de dentro que estou
Mas não enxergo
Os olhos detrás do ovo
Ele não existe
Só o ovo tem vida
Depois de dias
O ovo morreu
E ele meu deus
É apenas um homem comum
E eu o enxergo
A luz do sol
Que ilumina minha vida
De ovo quebrado
Leandro Monteiro
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